segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

avatar, a mistura entre lobos a dançar e praí circo.



Sim, vou falar de um blockbuster feito por um tipo que fez um filme altamente merdoso como o titanic. Avatar é um marco. Pelos efeitos especiais é certo, mas um marco. No entanto isso é o mais irrelevante na história de um tipo que vai meter-se no meio de uma civilização para sacar segredos deles, acabando a andar em patuscadas de boa sardinha e bifana com os tipos.

O mais importante é que o cinema é o maior espectáculo do mundo. cameron fez desta frase uma divisa, e tá a andar para fascinar o público com um mundo criado de raíz, deliciosamente real. As personagens não interessam muito, mais importante são os grandes planos à paisagem, às realidades dos na'vi (o povo do filme) aos bichos grandes comó caraças. Mas de facto isso é o mais importante.

E é o mais importante não propriamente pelos efeitos especiais: o importante nisto é que cameron os usa não como meio em si, mas sim para criar um efeito de espanto nos espectadores, para que eles se deliciem com o que estão a ver. A diferença é que o filme não é uma desculpa para usar os efeitos especiais, mas sim o contrário. Ficamos com a sensação que eles eram necessários, que fazem parte da coisa.

Cameron quis criar o maior espectáculo do mundo. Conseguiu-o. As interpretações são meio fracotas, o argumento não é nada de transcendente, mas o filme transmite sensações e emoções a quem o vê. Foram 300 milhões de euros? Pois foda-se. Mas é naquela, por 6 euros e tal não sei se conseguia melhor entretenimento que avatar. E a dedicação de cameron ao entretenimento é tal, que até diria que avatar é um filme despretensioso na sua sumptuosidade e grandiosidade. Pode parecer estranho, mas é um filme que corre para um objectivo e consegue-o. Cumpre perfeitamente e deixa qualquer um de barriga cheia. e isso para mim...chegou-me.

leva 8 soraias chaves em 10.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Serei o único tipo do mundo...

A gostar do anúncio do pingo doce? Foda-se, não compreendo o ódio. Ou melhor até compreendo: simplesmente porque não gostar dele é não perceber a genialidade por trás daquilo.




Antes mais porque há por aí muita gente a gostar de strokes. Aqui é a mesma merda: é um revivalismo dos tempos em que no rádio e na tv dos anciãos apareciam declarações sobre o bonito portugal dos nossos avós com povo a sorrir drogado a corroborar essas afirmações. Portanto remete para um tempo passado. Ainda por cima com umas guitarras tugas fofas e uma bacana que para comprar cavalo foi cantar aquilo. E é lindo compreender a forma intensa em como ela apela à qualidade e preços baixos do pingo doce como se aquilo fosse uma cena de vida ou de morte.Estou a ver a história: uma babe.o seu amor de sempre foi deportado para as colónias ou foi prá guerra colonial. Siga falar de preços baixos do supermercado.


Mas o melhor para mim é quando ela diz que "uma coisa permanece igual". E vai-se a ver são umas 3 ou 4: é a qualidade, é o preço baixo é o amor pela cena portuga.A questão pertinente aqui é somente esta: ATÃO CARALHO? è uma, são 3 ou já estás com uma broa do caralho nos queixos? Acho que é esta terceira opção. Até porque o sorriso dos putos, dos empregados, das mães e pais e avós e do cota que acaba o anúncio claramente são efeitos de lsd ou coca. Já os estou a ver no intervalo das filmagens a meterem pastilhas prá boca para ficarem naquele estado alucinado... que mel.


O anúncio do pingo doce é brilhante porque é péssimo. è uma espécie de battlefield earth dos anúncios: estão lá os clichés todos, está lá a banalidade, a parvoíce da cota do fado, o pessoal com ar estronço a mostrar as merdas. e de tão idiota que é consegue ser uma diversão do caralho. Por tudo isto e pelo facto das pessoas mostrar de um modo tão veemente o desagrado por um anúncio de televisão. Vá masé tudo pró caralho. Um anúncio destes é uma pomada autêntica um polme de merdas que reunidas dão uma deliciosa decadência à nossa televisão. E dão cabo do canastro a uma agência de publicidade.

e para finalizar um bombom:



sim esta é a gaja que canta o anúncio. Nem toda a gente curte ir pra monsanto ou prá artilharia um ganhar guita...há gente que prefere ainda pior. Viva o pingo doce foda-se.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Os campónios do país de gales

Ora foda-se. Apanham-me a ouvir uma merdoca meio indiezita, uma cena entre broken social scene e praí motion city soundtrack, com um toque british nem que seja à pala do sotaque. Os los campesinos são galeses e misturam-se entre um rock popeiro meio solarengo, com indie à mistura, mais riffs e refrões super cola 3 que entram para não mais saírem. Estiveram cá no alive deste ano e ficaram conhecidos por terem sido a alavanca musical do anúncio de verão da superbock (death to los campesinos! a tocar enquanto aquele autocarro manhoso andava por aí).

Qual é a diferença destes tipos para aquelas merdas indie pop chatas comó caralho que por aí pululam e são sempre rotuladas como de um brilhantismo ofuscante? OK animal collective é fofo e tal, mas o que não faltam são bandas pretensiosas cà bruta a falar sobre sorrisos e rouxinóis ou merdas parecidas.

Onde os los campesinos acertam é precisamente na sua despretensiosidade e no facto de se preocuparem sobretudo em divertir. Por outro lado conseguem ter influências bem boas que os coloca numa posição privilegiada. Não são claramente a melhor banda do mundo, mas são aquele tipo de som simples, bem feito, e contagiante. Aquele tipo de som primaveril para se ouvir quando o sol começa já a brilhar. Portanto ainda falta tempo comá merda para que eu os possa apreciar na estação correcta.

"Hold on now youngster" e "We are beautiful, we are doomed" são de facto exemplos perfeitos de como se faz bom rock indiezado com muita pop à mistura, sem se querer parecer o fernando pessoa de óculo. O problema está sempre em querer ser-se mais daquilo que se é. honestamente não sei se será possível para estes tipos conseguirem afastar-se muito deste registo, sem foderem a cabeça a entrar num caminho mais pretensioso, mas por enquanto estes temas de consumo agradável e em certa medida, bastante imediato, são um tónico excelente para qualquer dia mau ou bom.


e cá estão exemplos disso:







E acho que esclareci a coisa com estes dois temas. Vão masé ouvir os gajos e deixem de ler as minhas patacoadas parvas.

sábado, 31 de outubro de 2009

quando a "dor" é diferente

I hurt myself today
To see if i still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar string
Try to kill it all away
But i remember everything

What i've i become
My sweetest friend
Everyone i know
Goes away in the end

And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

I wear this crown of shit
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

What have I become
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way


Trent reznor é alma amargurada pelas incidências da vida. Ou pelo menos ele diz que sim. Gosta de se questionar em relação ao que vê, criticando o que lhe parece ter falhas, mas ao mesmo tempo assumindo estados de consciência através da sua acção humana. E também há por lá crítica social e política metida à cara podre. e claro religião, um tema que reznor acha graça igualmente. E os NIN são, pois claro, a maior expressão de um homem cheio de demónios interiores e ao mesmo tempo consciente do mundo onde vive.

È fácil bater nele. Por vezes a sua auto crítica quase alcança ares de vitimização,e isso desgosta a muita gente. embora eu honestamente não perceba qual é o problema de simplesmente criticar a própria vida, cosnciência e condição humanas. Há de facto uma data de canções que têm muito disto. Lembro-me assim meio à parva de "everyday is exactly the same", "we're in this together", ou "something i can ever have".

e o "hurt" pois claro. Hurt é uma das músicas mais emblemáticas de NIN e que honestamente é o retrato perfeito do peixe que fui escrevendo: a condição do homem, a sua vontade em se sentir vivo, a sua consciência em como está no meio do nada. Isto é o que interpreto de hurt. A dor de reznor é a dor de alguém que se sente perdido, em certa medida despeitado, num toar de consciência que pouco lhe permite sobressaír enquanto indivíduo. e o final o "i would find a way" mostra, na minha ideia, um certo conformismo com aquilo que lhe sucedeu.




Obviamente que é somente a leitura de um gajo meio esquisito da cabeça. "Hurt" é um dos temas-ícone dos NIN. a verdade é essa. E quando johnny cash apareceu com a sua versão jamais eu pensaria que conseguisse soar tão diferente do original.




Mas a dor é diferente. Se reznor está conformado, perdido,e julga pouco poder fazer para reparar todos os seus erros , cash tem uma voz de total condenação. Não é uma questão de conformismo, mas sim de morte. Cash não tem tempo sequer para poder evitar esse sentimento: é-lhe impingido. Está conformado sim, mas simplesmente porque os seus dias estão no fim. E aqui o "if i could start again" soa muito mais a uma manifestação de vontade, mas ao mesmo tempo de esmorecimento: ele pensa que poderia corrigir seus erros se tivesse tempo para isso. A tomada de consciência chegou-lhe na morte, numa espécie de testamento musical. Reznor mostrou quem era com 30 e tal anos: cash só aos 70 é que decide, de uma vez, lamentar os erros do passado, falar daquilo que julgara ter feito mal, e que tinha deixado de sentir. Cash parece já ter sentido alguma coisa, vivido, experienciado. Reznor parece mero espectador de uma vida que lhe corre com ele a vê-la passar.


As dores são diferentes. Mas o genial em cash é que ele consegue imprimir esse sentimento na perfeição com um tema que nem sequer é dele. e, diga-se de passagem, um tema com uma estrutura bastante vincada, que tem uma mensagem muito específica. conseguir mudar a mensagem de uma música sobretudo através da voz é uma coisa extraordinária. Cash e reznor não serão assim tão diferentes quanto a sua música parece fazer crer: apenas sofrem de maneiras diferentes. E "hurt" foi para cash o mesmo que "requiem" foi para mozart: um testamento musical para apreciação de todos.


e é esta merda basicamente.

sábado, 10 de outubro de 2009

a vida e o seu percurso com buracos

Ponto prévio: sou um inútil. Isto é um facto. Não faço muito da vida, ainda estou na faculdade com 24 anos(tendo em conta que lá entrei aos 18) e por lá ainda vou continuar, a minha mãe banca-me as coisas todas e nunca trabalhei propriamente na vida. Não é que não tenha feito tipo cenas que já fiz umas quantas, e ganhar uns guitos aqui e acolá, mas ganhar guita tendo nem que seja um recibo verde nunca. Mas já devia fazer parte da população activa e não o faço. E honestamente eu não me preocupo grandemente com isso. Mas já devia pois claro.

Adiante que não sou o único. a verdade é que depois de ter sido um tipo pouco dado a baldas, droga ou álcool, a faculdade teve o condão de me fazer aperceber que estava a ser parvo. e confortável lá entrei e por lá continuo. Porque gosto das pessoas, do ambiente, porque me sinto bem, e também porque é cómodo. E como aquele sítio foi o primeiro sítio do mundo onde me senti cómodo, torna-se muito complicado para mim sair dali. Felizmente ainda vou ter mais dois anos. Mas sei que agora vou ter de me aplicar mais para ver se acabo o mestrado depressinha.

A questão é que estou a ser o idiota do costume que pouco faz. Até aí tudo bem porque conheço muita gente da minha geração que não é idiota e pela faculdade continua sem grandes intenções de lá sair. A questão prende-se com quem conheço e já saíu. Mais: prende-se com as pessoas que um gajo conheceu em puto e que agora vê pela porra de um ecrã.Literalmente. e que ainda por cima tem a blogoesfera para falar disto. Esta cena da net e das tecnologias de informação e o caraças permite a um gajo falar de tudo: até da grande paixão que teve quando ainda era mais puto e ainda mais parvo que hoje. Falo pois claro do meu sexto ano e praí sétimo, e talvez oitavo e nono. A miúda era esta:





Sim, ganhou o casting. sim agora um gajo pode vê-la na televisão todos os dias. è estranho. Lembro-me dela quando os pelos bigodais me nasciam timidamente e a porra da voz engrossava, e chegava sempre à escola com os dentes sujos e o cabelo desalinhado, despenteado, todo turvo. E depois via a loirinha gira, com olhos castanhos, com as amigas numa zona diferente da minha, numa das turmas dos betinhos(que a minha felizmente sempre teve mais "terrorista" como rótulo. E começava a sentir tremeliques parvos e assim. Até me lembro de achar que tinha sido num sonho qualquer que tinha descoberto o nome dela...enfim era puto parvo. Claro que o que acontece nestes casos é que a rapariga se mete com outro tipo qualquer e tipos como eu ficam a arder. Exacto. Pois. Isso,isso.

O curioso(ou nem por isso) é que hoje em dia as únicas diferenças são o eu ter engrossado a voz e os pêlos terem crescido.Agora sou um tipo com barba frondosa, voz à macho, que cheira mal da boca e que tem o cabelo em que parece que um furacão por aqui passou.e que continua a ser um puto parvo. Ah e o facto da rapariga não estar a uns 300 metros de mim junto a um recanto para onde ia a turma dela, também é uma diferença pois claro. Agora só a consigo ver pelas ondas manhosas que dão som e imagem a uma caixa que um tipo qualquer aos anos chamou de televisão. Há coisa mais anónima que isso? Se naquela altura ela mal sabia que eu existia, agora...não sabe.

Também não é trágico. Isto já aconteceu aos anos e eu já recuperei...sim recuperei. Curiosamente o padrão de há 12 anos continua a repetir-se, mas com os tombos que fui dando, este já está um bocadinho mais arredado da memória. Mas com a revelação televisiva tudo aquilo que tinha engavetado voltou a recordação um bocado mais viva.Até porque agora posso voltar a vê-la todos os dias, coisa que já não acontecia quando ela foi para vila do conde, salvo erro para fazer o secundário.Embora na prática seja a mesma coisa.

E é isto. Puto cromo da bola continua na mesma e a babe gira vai ter sucesso na vida. Não há espiga. Hão de levar na mesma com as minhas parvas e toscas lamentações, e com estes acasos estranhos que a vida dá. Afinal devem haver poucos gajos que podem dizer que uma das suas paixões da vida agora apresenta programas de televisão.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Outra vez política foda-se. e movimentos meio cromos.



Quando um gajo não tem mais nada para fazer mete-se em merdas de bussolas eleitorais, e a ver vídeos de movimentos parvos. Sim, reduzir alguns partidos a "movimentos parvos" pode ser também parvo, mas estou-me cagando como diria um antigo presidente do meu clube. Afinal um gajo duma cena verde com um "e" que passa o tempo todo a falar em esperança e optimismo sem meter merdas concretas, e outro com umas estrelas azuis e nome de mm's que diz que as prisões dos EUA estão cheias porque o sistema penal deles é bom (e é para relembrar que "pena de morte" faz parte do dicionário de alguns estados), não me metem a dizer outra coisa.

Eu desde que posso votar sempre meti a peida para meter lá a cruz. Já votei ora umas... 6 vezes (2 europeias, umas autárquicas, outras legislativas, umas presidenciais e o referendo do aborto - acho que é isto).Sempre votei em partidos nunca branco ou nulo. E a mim faz-me confusão este tipo de movimentos oportunistas. O mms parece-me apostar numa política de liberalização económica, assumindo o individualismo de cada um (a palavra "mérito" no nome quer dizer muito) à medida daquilo que são os EUA. E quando o líder de um partido veio dos EUA, estudou nos EUA, e manda postas relacionadas com o sistema dos states que é óptimo, onde não há reformas prós velhotes, segurança social, pensões de invalidez, onde se preconiza a privatização das universidades que têm muito mais nome que as públicas, onde existe pena de morte e perpétua já diz muito. E uma pessoa ser despejada por ficar 3(!) dias sem pagar a renda é anedota digna dos malucos do riso: pouco refinada, parva e sem graça nenhuma.



Já o mep é ainda mais parvo. O mms tem propostas de merda mas elas existem: o movimento esperança portugal não tem nada. A ouvir-se o seu líder o homem fala em "esperança" em "optimismo" em "confiança", parece o sócrates a falar mas com ainda menos conteúdo. E quando um vídeo no youtube relata os abraços fortes a laurinda alves enquanto justificação para extrema confiança na candidata,então nem vale a pena dizer mais nada. Se a Carolina patrocínio ou aquela bacana do ps mais novinha e jeitosa me derem uns abraços fortes, ou algo mais, até sou capaz de confiar nelas e votar no sócrates, por parece que isso chega.

Se o mms é uma espécie de "partido da liberalização económica portuguesa" o mep é o "partido do nada que vai buscar propostas aos outros". Só se entende o seu resultado europeu, que foi bem bom prós gajos, porque as pessoas ouvem meia dúzia de lugares comuns e vão na conversa. A fazer um partido daquele género até eu conseguia fazer. Está tudo farto disto e daquilo e vem o profeta do seilaonde dizer que salva isto tudo, que está muito optimista, que somos muita bons, mas não diz como vai fazer, porquê nem sequer o que raio vai fazer. epá votar no mep ou em branco parece-me o mesmo basicamente. Se calhar abstenção até estava melhor...E a história de ser o meio para ir buscar merdas aqui e ali, parece quando vamos a um restaurante de petiscos, comer umas 5 merdas diferentes, picamos aqui e ali, e depois ficamos com um sabor estranho na boca porque misturámos merdas à bruta. E acabamos por não apreciar nada devidamente. Dou ao mep o prémio "lata" por haver tomates de povo para fazer um movimento (pois partido não é com certeza) sem nada de jeito lá pelo meio.



Falei de dois podia falar no resto: mas estes parecem-me os mais parvos. Também nunca percebi o mpt, nem o partido humanista que mais parece um bloco de esquerda mas em laranja, nem o pnd que tem rótulo de "manuel monteiro ressabiado". Mesmo o bloco de esquerda me custa porque é fusão daquilo e daqueloutro misturado com mais alguma coisa. E se formos exigentes até a cduque nunca teve tomates ao longo da história para se candidatar enquanto partido comunista pura e simplesmente. E o mrpp que basicamente tem votos à pala do pcp nunca se candidatar sozinho. Ou do ps e do psd que estão de acordo em quase tudo - não vou lá muito na história do ps ser reformista e do psd querer deixar tudo quietinho: acho que as reformas do ps são aquelas que a terrível manela faria. Nem o pp que curtia ser mais pnr se o deixassem, mas o portas tem medo de ficar com um bigode esquisito junto a pessoas que dizem "homoxílio" e que viram na internet mas não sabem onde que a maioria dos homossexuais tem tendências pedófilas. sei lá há mais partidos? ainda me lembro do pous ou do pda mas um podia claramente virar foice e martelo e o outro restringir-se às ilhas. e acho estar tudo. Mandar bitaites é fixe mesmo quando baseados em generalizações. So what?

Em conclusão: vamos masé fazer chamadas anónimas pós tipos do mep que têm no seu site os números de móvel de cada candidato. Tipo entregas de pizzas ou o vai já chamar a tua filha. Assim sempre lhes dávamos que fazer caraças.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

falar à parva





Há uma coisa que me dá alto prazer fazer: mandar bitaites à parva sentado no sofá. Ou a beber minis no bar novo da faculdade. è porreiro porque podemos dar um ar de interessados numa merda qualquer, de proactivos, de preocupados com o que nos rodeia, e ao mesmo tempo estamo-nos a cagar para tudo. O sofá e a esplanada são o maior instrumento de conforto e compensamo-lo dizendo meia dúzia de merdas que achamos calhar bem. Assim damos ares de gente preocupada, quando até nos estamos a baldar a uma aula e queremos é apanhar uma carraspana de caixão à cova.

Este parágrafo não vem em sentido nenhum. E noto é isso em mim, e em muito povo. a vontade em fazer alguma coisa é quase nula porque sabe bem como tudo estar com o rabo escarrapachado na esplanada a ver as babes passar e a beber mines ao mesmo tempo. Há melhor que isto? só me lembro de surf e gajas. No entanto dá sempre jeito perceber de alguma coisa. Nem que seja para estarmos na mó de cima em relação a alguma vertente social que até é importante. Política por exemplo: é fofo não mandar os clichés de baixo. Mas ao mesmo tempo chega-me bem meter a cruz no boletim e pronto. Nem é tanto por preguiça, mas sim por pouca vontade de intervencionismo directo.

Iniciativas: há 2 postas atrás falei nessas merdas todas da cultura e no que se podia fazer. Mas vou ser eu a fazê-las? Talvez um dia com sorte. Mas é fixe um gajo lembrar-se disso na cena do "lembro-me de bué merdas e isso quer dizer que até tenho um intelecto maior que o de uma galinha". E pronto. No fundo este próprio post está a ser feito na base de querer escrever alguma coisa, mas não ter nada para dizer. e portanto as patacoadas todas vão-se mandando à cara podre.

Mas é capaz de haver mais merdas. No fundo curtimos milhões mandar o bitaite. e o bitaite bem mandado é sempre fofo de ouvir e de ouvirmos nós mesmos a nossa parva oralidade. e é isto que sa foda.


Já agora puta de som o que meti no início. e esta malha de black crowes também é incrivelmente do catano.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

tipo política e merdas

Toda a gente adora bater nos políticos. que são um cocó, que não cumprem o que prometeram, que são todos iguais, que está tudo na mesma, que só querem tacho. Em relação ao último ponto até concordo que a maioria deles pensa assim. Em relação ao resto acho pelo menos parvo. Porquê? Porque são clichés puros e simples. Se eu concordo com o tacho é porque sei de algumas merdas dentro do sistema político. Mais relativos a juventudes partidárias é certo, mas nesses ambientes já se consegue perceber os exemplos que vêm de cima. Mas o resto é estúpido. Porque as pessoas votam sempre nos mesmos. E porque se não votam podem estar a dar a voz a um filho da puta de um salazar qualquer que se auto-intitule "salvador da pátria" e queira tomar conta do canto porque as pessoas cagam na política.

Claro que com mandatárias da juventude que dizem que pedem às empregadas que lhes tirem graínhas da fruta, em plena televisão, estamos mal. Mas também é verdade que se a babe não estivesse comprometida com o socas ninguém se ia lembrar disso. Aliás espanta-me até que a rapariga esteja no ps, eu que pensava que ela se metesse nos pp da vida. Adiante.

Pelo menos foi uma merda diferente. Quer dizer podia dar grande mensagem política. Mais que isso: acredito plenamente que Carolina Patrocínio age daquele modo por uma questão económica. Afinal os dentistas estão caros e a gente sabe que muitas verdes os caroços e as graínhas lixam os dentes, se mordemos aquela merda de maneira x ou y. Assim perde guita na empregada mas poupa em dentista. Inteligente. e aproveita e manda dizer ao socas que dá jeito os dentistas também poderem trabalhar em hospitais públicos e etc. Seria inteligente.

è o mesmo que se dizer que se gasta muita guita em campanha. 60 e tal milhões de euros não é nada quando temos obras parvas como a ponte vasco da gama. Ou o convento de mafra. Ou o mosteiro dos Jerónimos. Ou o padrão dos descobrimentos. Ou parvoíces históricas como a marcha do elefante do d.manuel ou o tratado de methuen. Afinal os políticos de agora estão a demonstrar que podem gastar tanto como antigamente. e uns 6 euros por pessoa não dá para grande coisa.Dá para alguns medicamentos dos velhotes, um saquinho pequeno de erva, uma refeição no mac. Uma refeição no mac? Foda-se está claro. Aquela refeição na merda da fast food não vai, para darmos guita aos partidos. Estão a querer que fiquemos mais magros. Se bem que um comuna dar guita ao pnr faz-me um bocado de confusão.

E depois desta merda toda, honestamente acho a nossa classe política bem merdosa. Mas as pessoas também são parvas porque preferem meter a cruz no costume, para não lhe chatearem a cabeça do que tentar perceber em quem votar. Dá trabalho querer saber o que se passa no nosso país. Mas se até em casa dá quanto mais aqui no canto à beira-mar. Mas é pena. Porque qualquer dia temos um primeiro ministro da beira, que guarda a guita debaixo do caixão, que teve praí 19 no curso superior, que tem salazar como último nome. Um filha da puta desse género.

domingo, 23 de agosto de 2009

Cultura - uma reflexão ou merda assim



Toda a gente se queixa muito que os portugueses têm pouca cultura. è verdade. Eu diria que a maioria da população do mundo é culturalmente pouco favorecida. Obviamente que estou a falar de cultura no sentido musical, cinematográfico, literário, e não enquanto algo que une as pessoas em torno daquilo que as identifica enquanto seres. Pois bem adiante.

As pessoas queixam-se muito, mas normalmente são os mesmos que acham que a cultura não deve chegar a todos para "preservar" as obras, para não as banalizar. No fundo para não terem o zé da esquina a gostar do mesmo que elas. Queixam-se que ele não distingue um dali dum rembrandt, mas se calhar também não queriam que isso acontecesse. Práfrente.

è verdade que me faz impressão haver gente que acha os transformers um grande filme e o mulholland drive uma seca do caraças. Que a celine dion é a melhor do mundo, e os neurosis uma merda. Que o metal é só berros e o hardcore é somente pornografia. Mas assim é o mundo e assim vai continuar a ser. Porquê? Porque a maioria das pessoas não tem dinheiro para pensar o contrário. E sobretudo não tem tempo nem disponibilidade. Trabalha 8,9,10 horas, chega a casa cansado(a) de um trabalho onde recebe mal. Tem paciência para ir ao cinema ver lynch ou goddard? Como? Vai ver o titanic porque ouviu falar bem nas revistas da moda e na televisão e é um pau.


E parece que toda a gente da cultura se esquece disso. Que as pessoas trabalham.

E não se vê nenhum esforço em levar a montanha a maomé. Em meter cultura em centros comerciais por exemplo(aqui realço o centro cultural na malaposta em odivelas que teve algumas encenações no odivelas parque), em falar com associações recreativas para fazer exposições, peças de teatro, concertos, declamações de poesia, sessões de cinema, em fazer protocolos até com supermercados para bilhetes mais baratos para qualquer coisa(tipo 20 euros em compras, 1 bilhete para o filme x no cineteatro da terra) entre tanta coisa que se pode fazer. Basta ter ideias.



E porque não se costuma fazer nada disto? Eu respondo. Porque somos egoístas. E porque não nos preocupamos.

Somos egoístas porque queremos ter tudo próximo de nós. Queremos ficar satisfeitos por conseguirmos apreciar aquela peça de música clássica, aquele concerto de sludge, aquele filme de um realizador underground da berra, aquela exposição de arte. e não me lixem, que fazemos todos isto. Queremos ver pouca gente nos sítios onde vamos. Porque temos medo da massificação, que os artistas que gostamos comecem a ficar mais mainstream, de ficarmos mais longe num concerto porque determinada banda teve mais fãs. Já não há sentimentos de pertença porque somos demais. e todos fazemos isto. e eu também. Não quero ter de ir a muitos concertos com mais de mil pessoas.

E não nos preocupamos porque se assim fosse os museus tinham outros horários. Porque assim ninguém podia dizer que pessoa "x" ou "y" está "estupidificada" e "alienada" ao sistema e não sabe reflectir sobre o que vê, isto do alto do nosso supremo intelecto.Porque está tudo confinado a uma cultura de massas, ao telelixo e ao futebol. No fundo, porque não podíamos manifestar a nossa superioridade sobre o resto da população. e é de reparar que o "nós" é evidentemente algo abstracto, pois eu gosto pouco de considerar alguém estupidificado. Isso não acredito que exista. Mas há gente que acredita. e isso é...hum estúpido.

Simplesmente a população não têm dinheiro nem paciência para a cultura. e isso só consegue ser mudado de uma maneira: levá-la às pessoas. Esperar que elas dêm de caras com o lobo antunes ou com o Manoel de Oliveira é idioticamente parvo. E é isto praí.

sábado, 22 de agosto de 2009

povo e o caraças.

A televisão diz-se ser uma caixa malvada. Aliena o povo, fá-lo pensar pouco e o camandro. Com os pcs passa-se exactamente o mesmo. E tudo aquilo que não seja trabalho puro e duro acaba por ser palha. E nessa palha estão incluídas aquele porradão de merdas que toda a gente faz como facebooks, fóruns do caraças e afins que toda a gente tem e participa(eu incluído) e que se gosta tanto de intelectualizar à parva como faz por exemplo miguel sousa tavares.

Eu caguei para isso tudo. Que se foda. O importante no meio disto tudo são as pessoas. e há povo que um gajo curte e povo que não se curte. e isto não tem nada a ver, mas apeteceu-me fazer uma introdução parva.



Eu curto o fernando mendes, o gordo da tv. Devo ser das poucas pessoas no país que até simpatiza com o homem. Tem uma linguagem corriqueira e banal, trocadilhos parvos, mas é despretensioso e fácil de compreender. Os programas dele eu via-os regularmente como o nós os ricos por exemplo. Não eram grande coisa? claro que não foda-se. Mas viam-se e a verdade é que ele é daquelas pessoas que parece ter plena noção das suas limitações. e é inteligente a aproveitar o que tem por mais popularucho que possa ser. Ainda por cima até tem ar de ser um tipo simpático com quem dá para ir beber uns copos e ver umas babes, apesar da lagartice do homem.



Já pessoas que acho meio cromas, mete um tipo como o daniel oliveira por exemplo. Aquele gajo das entrevistas ao povo manhoso da sic, o que fez a carolina patrocínio dizer que só come fruta depois das empregadas tirarem as graínhas. O problema desse? Primeiro óbvia ciumeira que tenho pelo facto dele trabalhar directamente com as senhoras roliças do fama show. Mas o pior é ele achar que o que faz é bom e sério. Não me lixem. è sério fazer uma biografia de tipos como os anjos? Gosto musical é abaixo de zero está visto. Ou fazer entrevistas naquela do "ver o outro lado das estrelas" com um ar de absoluta pretensão a achar que é uma judite de sousa? enfim, merdas.

Tudo bem que o gajo teve problemas familiares fodidíssimos, mas não vou julgar o trabalho de uma pessoa pelos problemas que ela teve. Julgo se gosto ou não do trabalho dessa pessoa. e daniel oliveira cum caralho...é por isso que também só apresenta programas da tarde. Mas claramente na vida está muito melhor que eu.



Zézé camarinha o homem. Devia ter uma estátua na praia da rocha. Temos ali uma personagem tão rica e tanta gente que o denigre somente pelo seu machismo latente e pelo que costuma dizer das mulheres terem de trabalhar em casa e o camandro. Zezé camarinha é o paradigma da mudança cultural no mundo. Um homem que tem as babes todas à pala de manhas à moda antiga, com um pensamento meio retrógrada.

Mas é daquelas personagens necessárias num país. Primeiro porque, se for verdade o que diz, dá uma publicidade do caraças a Portugal. Depois porque é pitoresco e representa um passado cultural inegavelmente rico e interessante: falinhas mansas para meter as bifas na cama. e isso é útil como tudo. Não percebo as críticas que lhe fazem, nem percebo os comentários muito ou pouco irónicos em relação a ele. Eu acho que ele deve ser bom tipo. Por mim que continue a micar babes em portimão e as coma por todos nós. Ou assim parecido.


já agora, que discos do caralho fui eu postando aqui.

sábado, 15 de agosto de 2009

merdas que ando a ouvir



Mouth of the arcithect é sludge do bom.ambientes do catano com muitos pós de post-rock e uma agressividade menor em relação ao que é costume. E também é por isso que este "the ties that blind" consegue soçobrar dos demais. Muito bom, e pena que não seja mais divulgado.



Zen arcade é considerado um dos melhores discos dos husker du. rock alternativo com alguns laivos vindos do hardcore, numa espécie de REM dos oitentas meets fugazi. Grandes canções, temas com raiva e nervo, e que se conseguem conjugar muito bem ao longo do disco. "Something i learn today", o primeiro tema é uma bomba genial à medida de "waiting room" dos fugazi. Urgentíssimo conhecer uma das mais subvalorizadas bandas de rock de sempre.



Mars volta meets glassjaw mas em suavezinho.è mais ou menos isto parece-me. Rock musculado, experimental e ao mesmo tempo existe uma certa tendência mais indie na coisa. Os brazil são uma banda de rock que vai beber influências a várias derivações dentro dessa gaveta gigantesca que é precisamente o rock. e mistura tudo num simpático liquidificador conseguindo um resultado muito interessante. Não sendo para mim o melhor disco do mundo é inegavelmente bom. Muito bom.



Que o concerto de faith no more foi o melhor do ano é muito evidente. Que eu sou idiota também. ainda não tinha ouvido "album of the year" o último disco de originais dos homens, datado praí de 1996. E é um som amadurecido que por ali se ouve. Não tão repentino, mais pensado cerebral. Mas uma verdadeira prova da singularidade dos faith no more. Mais uma.



Banda de chris carraba que depois aventurou-se a solo como o conhecido dashboard confessional. "How to start a fire" é rock com pitadas post hardcore. Está lá uma vozinha mais sôfrega, umas guitarras mais pesadas, e refrões cola cola. com boas canções. O tema título e que inicia o álbum é provavelmente o melhor exemplo daquilo que escrevi. Não é daquelas coisas que agradará a toda a gente pela palavra "emo" estar de algum modo relacionada. Mas isso tem a ver com a ignorância que existe em relação ao termo, infelizmente apropriado por bandas bem reles como my chemical romance ou bullet for my valentine. Neste caso isso não se aplica e os further seems forever, que já acabaram, mostram aqui um óptimo disco.


e é isto. e foda-se que os isis vêm cá. è ao porto certo. Mas tenho de ir caralho. e porcupine tree é no dia seguinte que mel.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

D. Sebastião - o regresso ou é manel cruz e seu povo?







Portugal é o país da espera. Nunca conseguimos fazer nada sólido: estamos sempre a desenrascar-nos. Não sabemos como se faz algo, inventamos qualquer coisa que safa, enquanto esperamos pela verdadeira solução. O sol torra-nos os miolos. E depois quando vemos uma coisa que nos pareceu bem feita queremos que ela não acabe. e quando acaba, como parece que somos meio inúteis que só nos conseguimos "safar" queremos que volte à bruta. Mesmo se quem a fez não esteja minimamente interessado nisto.

Estas generalizações parvas, típicas das conversas inúteis do "ah e tal nós portugueses somos muito isto e aquilo", que basicamente não levam a lado nenhum, têm a ver com uma petição que anda por aí sobre o regresso dos ornatos. O meu comentário é este: está tudo parvo.

Os ornatos acabaram há colhões como toda a gente sabe. eu acho-os muito bons, um rock cuidado com laivos mais pesados,alguns laivos experimentais e jazzísticos pelo meio, bem como alguma pop matreira, letras interessantes, música tremendamente inteligente diria. E ficaram mito para algumas pessoas. Porquê? Pela maior razão da existência de um mito: morreram muito cedo. Dois discos e acharam que já não valia a pena. E foi sobretudo depois de terem acabado que as pessoas perceberam o que tinha perdido.

Mas este caso é simples: as pessoas perderam porque eles acabaram pouco depois de "o monstro precisa de amigos". algo normal portanto. e como de facto a discografia deles é muito boa, embandeirou tudo em arco. Tornaram-se uns nirvana portugas mas em bom. Em muito bom até.

No entanto é estúpido haver uma petição para voltarem. Simplesmente porque isso só poderá acontecer se a banda estiver para isso, mais nada. O ridículo da coisa é perceber como é que alguém acha possível ter alguma influência no regresso dos gajos. Mas nós somos o país da crença no regresso. Acho que se a história do d-sebastião fosse hoje, já existiriam umas 324365 mil petições para pedir que o gajo renascesse em alcácer-quibir.

Teve azar de ter vivido no século XVI o homem. e os ornatos têm o azar de terem virado mito. Ou quantas vezes já não devem ter perguntado ao manel cruz para o homem voltar com a banda? Enfim coisas parvas da vida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

faith no more no meio das pitas giraças




O sudoeste tem uma grande vantagem em relação aos outros festivais: mais babes roliças por metro quadrado. aliás é pelo grande aglomerado de babes roliças que o sudoeste vale realmente a pena. Os cartazes ultimamente têm sido uma merda (sobretudo desde que o festival é patrocinado pela tmn, parece-me) a envolvência do recinto é bem menor que em paredes de coura por exemplo. Sobra portanto o mais importante: as gajas. E nesse campo ninguém bate o festival. Que começa a ser frequentado por povo mais novo, muita gente do norte, que basicamente vão lá passar férias. Há praia uns concertos e campismo. e pronto. Ah e também há paneleirices como karaoke, montanha russa(!)ou o revivalismo de júlio isidro em meter povo dentro de um carro.

Este ano para além disto tudo também havia faith no more. e foi por isso que o recinto se encheu naquele dia: arrisco-me a dizer que mais de metade do povo que ali estava, estava por faith no more e pouco mais. De qualquer forma vou falar daquilo que também vi:

x-wife - meio merdoso porque aquilo é demasiadamente monótono mas tiveram energia. Já não foi mau, mas foi basicamente para aquecer e pouco mais.

Mad caddies- contagiante e vibrante. bom concerto que pecou pelos gajos terem tocado os temas mais melosos para enlouquecer as babes(o que é sempre bom) mas esqueceram-se de muitos temas do verdadeiro ska-punk que têm. Mas ainda assim foi bom, e tenho pena de não terem tocado no palco principal.



mad caddies



E chegamos a patton e seus comparsas. Não estando para grandes descrições apenas digo que o homem chega-me ao palco com um fatinho e bengala. Megafone na mão, frases fofas tá de começar. e foi um concerto muitíssimo bom. a energia e entrega estavam lá, os temas claramente também e o público respondeu. e ainda deu para umas provocações como dedicar temas a cristiano ronaldo, falar mal do período em que a banda se separou, criticar marcas e t-shirts de vietnamitas e ainda dar o microfone a um dos seguranças para ver se o homem acopanhava.

Quanto ao resto é simples: os faith no more estão em plena forma. O concerto foi enérgico à bruta eu que ainda andava de alcofa quando os gajos acabaram, ou nem por isso mas era claramente puto imberbe, e ver ali um bando de cotas a tocar pela vida soube que nem ginjas. Ainda por cima a mostrar que temas de 20 anos estão mais que actualizados e ainda resultam na perfeição ao vivo. e houve de tudo: desde as mais óbvias, como "epic", "midlife crisis" - com o refrão cantado em coro pelo público a capella, "we care a lot"(deste lote apenas faltou "digging the grave", passando pelas covers para dar o choro como a "easy" ou por temas mais enérgicos como "caffeine", "land of sunshine" ou a bela da "be agressive". Deu para toda a gente, e encheu as medidas à grande. No meio de tanta merdunça que foi ao sudoeste, ou pelo menos de tanta coisa pouco sonante e relevante, apareceram uns gajos vindos de uma rotura de mais de uma década, mostrar como se faz e que bandas se devem trazer a um festival.



faith no more


Deve ter sido o concerto do ano. e o melhor concerto que vi em festival igualmente. Do caraças. e pronto é isto.

Ah ainda vi um soundsystem qualquer no fim da noite. Mas o álcool e a droga já eram muitos. E reggae é uma seca do caraças que dá para ouvir pedrado mas pouco mais, desculpem-me lá os fãs do género. Ainda assim o melhor foi ver o logotipo do sapo com o chapéu à reggae na cabeça e a fumar uma com um sorriso mocado. Coisa fofa incitar ao fumício, mesmo com as tentativas de frustrar a bela da droga à entrada do recinto.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ainda o assunto de baixo.

Foda-se houve um gajo que decidiu fazer um blog...dedicado à maya. Mais que o mundo estar perdido é ver que há gente que não quer fazer a revolução.

Link - desejo maya

domingo, 2 de agosto de 2009

A silly season e a salvação da nação.



Diz-se que o Verão é uma época toda parva. eu cá curto à brava: babes desnudas na praia, sol bacanote, dá para ir para a água sem fato. Tem partes chatas porque existem demasiados banhistas na praia, os cinemas tão na merda, musicalmente pouco se edita.

No entanto foi também no Verão que Portugal deu um passo em frente em relação a todos os países do mundo. Podemos agora encher o peito de orgulho e dizer que o nosso país está na vanguarda, foi pioneiro em qualquer coisa. Inovou perante o marasmo de todos os outros e pode verdadeiramente ficar no mapa internacional. Uma espécie de novo 25 de Abril ocorreu e agora o futuro será risonho para todos. O sol brilhará para todos nós, como reza o belo do som do "avante,camarada, avante"

Falo como é evidente da capa da fhm deste mês.


Portugal é o primeiro país no mundo a conseguir fazer duas coisas: meter uma cota feia e, pior que isso, convencida que é a soraia chaves mas em boa numa revista para homens, e fazer com que o país inteiro rume para o mesmo lado, achando obviamente horripilante a ideia. De génio. Sócrates tem muito a aprender com isto. Quando quiser que um assunto seja unânime na assembleia, basta ameaçar que mostra a capa da maya e toda a gente é capaz de votar a favor. Nem que seja a alteração do nome "Portugal" para "somos uns bardamerdas allez". A maya será a fonte de todas as chantagens possíveis e imaginárias.

Estou já a ver a salvação que é ter a maya na capa. As famílias educarão melhor os seus filhos: "Mãe não quero comer a sopa!"- "Ai não queres? Então espera aí que vou ali buscar a revista da maya na fhm" e é trigo limpo. O futebol terá novas leis: os árbitros em vez de mostrarem o cartão vermelho, mostram o cartão maya: uma das cartas de tarot que surge com ela na revista serve. Nem se protesta. Mal se vê a cara da cota é um vê se te avias para o balneário. Até na educação: ameaçar mostrar as fotos da maya a um(a) qualquer professor(a) deve dar logo direito a vinte. A ver se experimento isso no meu mestrado...dava-me jeito.

Existem mais aplicações mas ficava aqui o dia todo. E estar o dia todo a cascar na maior chulice que uma revista já fez para ganhar uns trocos também não é giro.

Mas é giro perceber que a fhm se vendeu e pior que isso: minimiza e denigre imensamente a imagem das mulheres não tão bonitas deste país(embora sejam todas giraças para mim - menos a maya). A fhm deste mês vai vender que nem pãezinhos quentes disso não duvido. Mas não por uma questão de beleza. Antes por curiosidade mórbida.As pessoas comprarão a revista como quem vê um acidente na estrada: é trágico mas suscita curiosidade. Obviamente que a comparação é quase chocante, mas a capa com a maya também o é. e foi a fhm que fez esta moralmente condenável jogada de marketing não eu.

Podem comprar a revista, mas só para porem em prática alguma das aplicações que sugeri. Aí tem lógica e estão desculpados. E calculo que entre algum dos leitores esteja o futuro primeiro ministro deste país. a maya abrirá portas...


E claro. Pus a débora montenegro aqui porque não ia pôr a maya como é evidente.E assim até dou um motivo de interesse para virem ao maria etelvina. Até porque se eu fosse capa de uma revista para babes acho que nem pela curiosidade mórbida a compravam.

sábado, 1 de agosto de 2009

Justin Broadrick ou o tipo que só bule




Justin broadrick é um tipo maluco da cabeça. E ainda bem. Depois dos godflesh que fundia cenas rock com mambos industriais e electrónicos, criando atmosferas psicadélicas fodidas e que eu nunca curti grande coisa(a ver se dou outra oportunidade) o gajo fez-se a solo criando jesu. Que é genial. Com dois discos editados e um porradão de eps - tou-me a lembrar do silver(para mim o melhor ítem musical de jesu), do lifeline, do why are we not perfect, dos splits com battle of mice e envy, o homem nunca está quieto. e agora vai de editar "infinity" um épico de 50 minutos em que basicamente enfia a sua sonoridade toda lá para dentro.

Jesu sempre foi shoegaze misturado com uma sonoridade meio ambiental e guitarras a puxar pó sludge.E é isto que se vai ouvindo durante o tempo que dura o disco. Uma espécie de súmula que vai pelo perído uma beca mais dark como foi o início, para chegar à luminosidade do segundo disco "conqueror" por exemplo. No fundo há por aqui uma data de derivações sonoras que resultam meio em canções com um fio condutor.

Eu estou a curtir à bruta.

Já agora o gajo tem outro projecto de nome final: muito mais electrónico mais a puxar para as raízes de godflesh. Este projecto também tem novo disco: "Infinite Guitar 3 / Guitar & Bass Improvisations 3'" E é isto.


O blog do homem que é bem bom de se acompanhar:http://justinkbroadrick.blogspot.com/

links manhosos

O postas foi ao ar e consegui recuperar os links quase todos para pôr aqui. Alto sarilho.

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/07/primeiro.html


http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/skins.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/jogos-olmpicos-ou-como-mandar-abaixo.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/e-o-nlson-heri-caraas.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/discos-que-andam-sair-da-fornada.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/pois.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/bela-da-tv-e-sua-parvoce.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/tony-o-grandee-landum-copiar.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/09/praxes-ou-forma-de-termos-o-ministro-e.htm

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/02/slumdog-millionaire-ou-como-um-gajo.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/02/carnaval-melhor-epoca-do-ano.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/04/idade-e-um-posto.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/ha-bandas-de-merda.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/geracao-do-meio.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/coisas-que-funcionam.html

a póia fechou

Foda-se. O postas de poia ficou com um virus qualquer e tive que mudar de posto. Ninguém lá mete a pata mas que se lixe, ponho-a lá eu. E agora vou ter de me mudar para este spot à pala da parvoíce do blogger. e fica a apresentação.