segunda-feira, 31 de agosto de 2009

tipo política e merdas

Toda a gente adora bater nos políticos. que são um cocó, que não cumprem o que prometeram, que são todos iguais, que está tudo na mesma, que só querem tacho. Em relação ao último ponto até concordo que a maioria deles pensa assim. Em relação ao resto acho pelo menos parvo. Porquê? Porque são clichés puros e simples. Se eu concordo com o tacho é porque sei de algumas merdas dentro do sistema político. Mais relativos a juventudes partidárias é certo, mas nesses ambientes já se consegue perceber os exemplos que vêm de cima. Mas o resto é estúpido. Porque as pessoas votam sempre nos mesmos. E porque se não votam podem estar a dar a voz a um filho da puta de um salazar qualquer que se auto-intitule "salvador da pátria" e queira tomar conta do canto porque as pessoas cagam na política.

Claro que com mandatárias da juventude que dizem que pedem às empregadas que lhes tirem graínhas da fruta, em plena televisão, estamos mal. Mas também é verdade que se a babe não estivesse comprometida com o socas ninguém se ia lembrar disso. Aliás espanta-me até que a rapariga esteja no ps, eu que pensava que ela se metesse nos pp da vida. Adiante.

Pelo menos foi uma merda diferente. Quer dizer podia dar grande mensagem política. Mais que isso: acredito plenamente que Carolina Patrocínio age daquele modo por uma questão económica. Afinal os dentistas estão caros e a gente sabe que muitas verdes os caroços e as graínhas lixam os dentes, se mordemos aquela merda de maneira x ou y. Assim perde guita na empregada mas poupa em dentista. Inteligente. e aproveita e manda dizer ao socas que dá jeito os dentistas também poderem trabalhar em hospitais públicos e etc. Seria inteligente.

è o mesmo que se dizer que se gasta muita guita em campanha. 60 e tal milhões de euros não é nada quando temos obras parvas como a ponte vasco da gama. Ou o convento de mafra. Ou o mosteiro dos Jerónimos. Ou o padrão dos descobrimentos. Ou parvoíces históricas como a marcha do elefante do d.manuel ou o tratado de methuen. Afinal os políticos de agora estão a demonstrar que podem gastar tanto como antigamente. e uns 6 euros por pessoa não dá para grande coisa.Dá para alguns medicamentos dos velhotes, um saquinho pequeno de erva, uma refeição no mac. Uma refeição no mac? Foda-se está claro. Aquela refeição na merda da fast food não vai, para darmos guita aos partidos. Estão a querer que fiquemos mais magros. Se bem que um comuna dar guita ao pnr faz-me um bocado de confusão.

E depois desta merda toda, honestamente acho a nossa classe política bem merdosa. Mas as pessoas também são parvas porque preferem meter a cruz no costume, para não lhe chatearem a cabeça do que tentar perceber em quem votar. Dá trabalho querer saber o que se passa no nosso país. Mas se até em casa dá quanto mais aqui no canto à beira-mar. Mas é pena. Porque qualquer dia temos um primeiro ministro da beira, que guarda a guita debaixo do caixão, que teve praí 19 no curso superior, que tem salazar como último nome. Um filha da puta desse género.

domingo, 23 de agosto de 2009

Cultura - uma reflexão ou merda assim



Toda a gente se queixa muito que os portugueses têm pouca cultura. è verdade. Eu diria que a maioria da população do mundo é culturalmente pouco favorecida. Obviamente que estou a falar de cultura no sentido musical, cinematográfico, literário, e não enquanto algo que une as pessoas em torno daquilo que as identifica enquanto seres. Pois bem adiante.

As pessoas queixam-se muito, mas normalmente são os mesmos que acham que a cultura não deve chegar a todos para "preservar" as obras, para não as banalizar. No fundo para não terem o zé da esquina a gostar do mesmo que elas. Queixam-se que ele não distingue um dali dum rembrandt, mas se calhar também não queriam que isso acontecesse. Práfrente.

è verdade que me faz impressão haver gente que acha os transformers um grande filme e o mulholland drive uma seca do caraças. Que a celine dion é a melhor do mundo, e os neurosis uma merda. Que o metal é só berros e o hardcore é somente pornografia. Mas assim é o mundo e assim vai continuar a ser. Porquê? Porque a maioria das pessoas não tem dinheiro para pensar o contrário. E sobretudo não tem tempo nem disponibilidade. Trabalha 8,9,10 horas, chega a casa cansado(a) de um trabalho onde recebe mal. Tem paciência para ir ao cinema ver lynch ou goddard? Como? Vai ver o titanic porque ouviu falar bem nas revistas da moda e na televisão e é um pau.


E parece que toda a gente da cultura se esquece disso. Que as pessoas trabalham.

E não se vê nenhum esforço em levar a montanha a maomé. Em meter cultura em centros comerciais por exemplo(aqui realço o centro cultural na malaposta em odivelas que teve algumas encenações no odivelas parque), em falar com associações recreativas para fazer exposições, peças de teatro, concertos, declamações de poesia, sessões de cinema, em fazer protocolos até com supermercados para bilhetes mais baratos para qualquer coisa(tipo 20 euros em compras, 1 bilhete para o filme x no cineteatro da terra) entre tanta coisa que se pode fazer. Basta ter ideias.



E porque não se costuma fazer nada disto? Eu respondo. Porque somos egoístas. E porque não nos preocupamos.

Somos egoístas porque queremos ter tudo próximo de nós. Queremos ficar satisfeitos por conseguirmos apreciar aquela peça de música clássica, aquele concerto de sludge, aquele filme de um realizador underground da berra, aquela exposição de arte. e não me lixem, que fazemos todos isto. Queremos ver pouca gente nos sítios onde vamos. Porque temos medo da massificação, que os artistas que gostamos comecem a ficar mais mainstream, de ficarmos mais longe num concerto porque determinada banda teve mais fãs. Já não há sentimentos de pertença porque somos demais. e todos fazemos isto. e eu também. Não quero ter de ir a muitos concertos com mais de mil pessoas.

E não nos preocupamos porque se assim fosse os museus tinham outros horários. Porque assim ninguém podia dizer que pessoa "x" ou "y" está "estupidificada" e "alienada" ao sistema e não sabe reflectir sobre o que vê, isto do alto do nosso supremo intelecto.Porque está tudo confinado a uma cultura de massas, ao telelixo e ao futebol. No fundo, porque não podíamos manifestar a nossa superioridade sobre o resto da população. e é de reparar que o "nós" é evidentemente algo abstracto, pois eu gosto pouco de considerar alguém estupidificado. Isso não acredito que exista. Mas há gente que acredita. e isso é...hum estúpido.

Simplesmente a população não têm dinheiro nem paciência para a cultura. e isso só consegue ser mudado de uma maneira: levá-la às pessoas. Esperar que elas dêm de caras com o lobo antunes ou com o Manoel de Oliveira é idioticamente parvo. E é isto praí.

sábado, 22 de agosto de 2009

povo e o caraças.

A televisão diz-se ser uma caixa malvada. Aliena o povo, fá-lo pensar pouco e o camandro. Com os pcs passa-se exactamente o mesmo. E tudo aquilo que não seja trabalho puro e duro acaba por ser palha. E nessa palha estão incluídas aquele porradão de merdas que toda a gente faz como facebooks, fóruns do caraças e afins que toda a gente tem e participa(eu incluído) e que se gosta tanto de intelectualizar à parva como faz por exemplo miguel sousa tavares.

Eu caguei para isso tudo. Que se foda. O importante no meio disto tudo são as pessoas. e há povo que um gajo curte e povo que não se curte. e isto não tem nada a ver, mas apeteceu-me fazer uma introdução parva.



Eu curto o fernando mendes, o gordo da tv. Devo ser das poucas pessoas no país que até simpatiza com o homem. Tem uma linguagem corriqueira e banal, trocadilhos parvos, mas é despretensioso e fácil de compreender. Os programas dele eu via-os regularmente como o nós os ricos por exemplo. Não eram grande coisa? claro que não foda-se. Mas viam-se e a verdade é que ele é daquelas pessoas que parece ter plena noção das suas limitações. e é inteligente a aproveitar o que tem por mais popularucho que possa ser. Ainda por cima até tem ar de ser um tipo simpático com quem dá para ir beber uns copos e ver umas babes, apesar da lagartice do homem.



Já pessoas que acho meio cromas, mete um tipo como o daniel oliveira por exemplo. Aquele gajo das entrevistas ao povo manhoso da sic, o que fez a carolina patrocínio dizer que só come fruta depois das empregadas tirarem as graínhas. O problema desse? Primeiro óbvia ciumeira que tenho pelo facto dele trabalhar directamente com as senhoras roliças do fama show. Mas o pior é ele achar que o que faz é bom e sério. Não me lixem. è sério fazer uma biografia de tipos como os anjos? Gosto musical é abaixo de zero está visto. Ou fazer entrevistas naquela do "ver o outro lado das estrelas" com um ar de absoluta pretensão a achar que é uma judite de sousa? enfim, merdas.

Tudo bem que o gajo teve problemas familiares fodidíssimos, mas não vou julgar o trabalho de uma pessoa pelos problemas que ela teve. Julgo se gosto ou não do trabalho dessa pessoa. e daniel oliveira cum caralho...é por isso que também só apresenta programas da tarde. Mas claramente na vida está muito melhor que eu.



Zézé camarinha o homem. Devia ter uma estátua na praia da rocha. Temos ali uma personagem tão rica e tanta gente que o denigre somente pelo seu machismo latente e pelo que costuma dizer das mulheres terem de trabalhar em casa e o camandro. Zezé camarinha é o paradigma da mudança cultural no mundo. Um homem que tem as babes todas à pala de manhas à moda antiga, com um pensamento meio retrógrada.

Mas é daquelas personagens necessárias num país. Primeiro porque, se for verdade o que diz, dá uma publicidade do caraças a Portugal. Depois porque é pitoresco e representa um passado cultural inegavelmente rico e interessante: falinhas mansas para meter as bifas na cama. e isso é útil como tudo. Não percebo as críticas que lhe fazem, nem percebo os comentários muito ou pouco irónicos em relação a ele. Eu acho que ele deve ser bom tipo. Por mim que continue a micar babes em portimão e as coma por todos nós. Ou assim parecido.


já agora, que discos do caralho fui eu postando aqui.

sábado, 15 de agosto de 2009

merdas que ando a ouvir



Mouth of the arcithect é sludge do bom.ambientes do catano com muitos pós de post-rock e uma agressividade menor em relação ao que é costume. E também é por isso que este "the ties that blind" consegue soçobrar dos demais. Muito bom, e pena que não seja mais divulgado.



Zen arcade é considerado um dos melhores discos dos husker du. rock alternativo com alguns laivos vindos do hardcore, numa espécie de REM dos oitentas meets fugazi. Grandes canções, temas com raiva e nervo, e que se conseguem conjugar muito bem ao longo do disco. "Something i learn today", o primeiro tema é uma bomba genial à medida de "waiting room" dos fugazi. Urgentíssimo conhecer uma das mais subvalorizadas bandas de rock de sempre.



Mars volta meets glassjaw mas em suavezinho.è mais ou menos isto parece-me. Rock musculado, experimental e ao mesmo tempo existe uma certa tendência mais indie na coisa. Os brazil são uma banda de rock que vai beber influências a várias derivações dentro dessa gaveta gigantesca que é precisamente o rock. e mistura tudo num simpático liquidificador conseguindo um resultado muito interessante. Não sendo para mim o melhor disco do mundo é inegavelmente bom. Muito bom.



Que o concerto de faith no more foi o melhor do ano é muito evidente. Que eu sou idiota também. ainda não tinha ouvido "album of the year" o último disco de originais dos homens, datado praí de 1996. E é um som amadurecido que por ali se ouve. Não tão repentino, mais pensado cerebral. Mas uma verdadeira prova da singularidade dos faith no more. Mais uma.



Banda de chris carraba que depois aventurou-se a solo como o conhecido dashboard confessional. "How to start a fire" é rock com pitadas post hardcore. Está lá uma vozinha mais sôfrega, umas guitarras mais pesadas, e refrões cola cola. com boas canções. O tema título e que inicia o álbum é provavelmente o melhor exemplo daquilo que escrevi. Não é daquelas coisas que agradará a toda a gente pela palavra "emo" estar de algum modo relacionada. Mas isso tem a ver com a ignorância que existe em relação ao termo, infelizmente apropriado por bandas bem reles como my chemical romance ou bullet for my valentine. Neste caso isso não se aplica e os further seems forever, que já acabaram, mostram aqui um óptimo disco.


e é isto. e foda-se que os isis vêm cá. è ao porto certo. Mas tenho de ir caralho. e porcupine tree é no dia seguinte que mel.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

D. Sebastião - o regresso ou é manel cruz e seu povo?







Portugal é o país da espera. Nunca conseguimos fazer nada sólido: estamos sempre a desenrascar-nos. Não sabemos como se faz algo, inventamos qualquer coisa que safa, enquanto esperamos pela verdadeira solução. O sol torra-nos os miolos. E depois quando vemos uma coisa que nos pareceu bem feita queremos que ela não acabe. e quando acaba, como parece que somos meio inúteis que só nos conseguimos "safar" queremos que volte à bruta. Mesmo se quem a fez não esteja minimamente interessado nisto.

Estas generalizações parvas, típicas das conversas inúteis do "ah e tal nós portugueses somos muito isto e aquilo", que basicamente não levam a lado nenhum, têm a ver com uma petição que anda por aí sobre o regresso dos ornatos. O meu comentário é este: está tudo parvo.

Os ornatos acabaram há colhões como toda a gente sabe. eu acho-os muito bons, um rock cuidado com laivos mais pesados,alguns laivos experimentais e jazzísticos pelo meio, bem como alguma pop matreira, letras interessantes, música tremendamente inteligente diria. E ficaram mito para algumas pessoas. Porquê? Pela maior razão da existência de um mito: morreram muito cedo. Dois discos e acharam que já não valia a pena. E foi sobretudo depois de terem acabado que as pessoas perceberam o que tinha perdido.

Mas este caso é simples: as pessoas perderam porque eles acabaram pouco depois de "o monstro precisa de amigos". algo normal portanto. e como de facto a discografia deles é muito boa, embandeirou tudo em arco. Tornaram-se uns nirvana portugas mas em bom. Em muito bom até.

No entanto é estúpido haver uma petição para voltarem. Simplesmente porque isso só poderá acontecer se a banda estiver para isso, mais nada. O ridículo da coisa é perceber como é que alguém acha possível ter alguma influência no regresso dos gajos. Mas nós somos o país da crença no regresso. Acho que se a história do d-sebastião fosse hoje, já existiriam umas 324365 mil petições para pedir que o gajo renascesse em alcácer-quibir.

Teve azar de ter vivido no século XVI o homem. e os ornatos têm o azar de terem virado mito. Ou quantas vezes já não devem ter perguntado ao manel cruz para o homem voltar com a banda? Enfim coisas parvas da vida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

faith no more no meio das pitas giraças




O sudoeste tem uma grande vantagem em relação aos outros festivais: mais babes roliças por metro quadrado. aliás é pelo grande aglomerado de babes roliças que o sudoeste vale realmente a pena. Os cartazes ultimamente têm sido uma merda (sobretudo desde que o festival é patrocinado pela tmn, parece-me) a envolvência do recinto é bem menor que em paredes de coura por exemplo. Sobra portanto o mais importante: as gajas. E nesse campo ninguém bate o festival. Que começa a ser frequentado por povo mais novo, muita gente do norte, que basicamente vão lá passar férias. Há praia uns concertos e campismo. e pronto. Ah e também há paneleirices como karaoke, montanha russa(!)ou o revivalismo de júlio isidro em meter povo dentro de um carro.

Este ano para além disto tudo também havia faith no more. e foi por isso que o recinto se encheu naquele dia: arrisco-me a dizer que mais de metade do povo que ali estava, estava por faith no more e pouco mais. De qualquer forma vou falar daquilo que também vi:

x-wife - meio merdoso porque aquilo é demasiadamente monótono mas tiveram energia. Já não foi mau, mas foi basicamente para aquecer e pouco mais.

Mad caddies- contagiante e vibrante. bom concerto que pecou pelos gajos terem tocado os temas mais melosos para enlouquecer as babes(o que é sempre bom) mas esqueceram-se de muitos temas do verdadeiro ska-punk que têm. Mas ainda assim foi bom, e tenho pena de não terem tocado no palco principal.



mad caddies



E chegamos a patton e seus comparsas. Não estando para grandes descrições apenas digo que o homem chega-me ao palco com um fatinho e bengala. Megafone na mão, frases fofas tá de começar. e foi um concerto muitíssimo bom. a energia e entrega estavam lá, os temas claramente também e o público respondeu. e ainda deu para umas provocações como dedicar temas a cristiano ronaldo, falar mal do período em que a banda se separou, criticar marcas e t-shirts de vietnamitas e ainda dar o microfone a um dos seguranças para ver se o homem acopanhava.

Quanto ao resto é simples: os faith no more estão em plena forma. O concerto foi enérgico à bruta eu que ainda andava de alcofa quando os gajos acabaram, ou nem por isso mas era claramente puto imberbe, e ver ali um bando de cotas a tocar pela vida soube que nem ginjas. Ainda por cima a mostrar que temas de 20 anos estão mais que actualizados e ainda resultam na perfeição ao vivo. e houve de tudo: desde as mais óbvias, como "epic", "midlife crisis" - com o refrão cantado em coro pelo público a capella, "we care a lot"(deste lote apenas faltou "digging the grave", passando pelas covers para dar o choro como a "easy" ou por temas mais enérgicos como "caffeine", "land of sunshine" ou a bela da "be agressive". Deu para toda a gente, e encheu as medidas à grande. No meio de tanta merdunça que foi ao sudoeste, ou pelo menos de tanta coisa pouco sonante e relevante, apareceram uns gajos vindos de uma rotura de mais de uma década, mostrar como se faz e que bandas se devem trazer a um festival.



faith no more


Deve ter sido o concerto do ano. e o melhor concerto que vi em festival igualmente. Do caraças. e pronto é isto.

Ah ainda vi um soundsystem qualquer no fim da noite. Mas o álcool e a droga já eram muitos. E reggae é uma seca do caraças que dá para ouvir pedrado mas pouco mais, desculpem-me lá os fãs do género. Ainda assim o melhor foi ver o logotipo do sapo com o chapéu à reggae na cabeça e a fumar uma com um sorriso mocado. Coisa fofa incitar ao fumício, mesmo com as tentativas de frustrar a bela da droga à entrada do recinto.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ainda o assunto de baixo.

Foda-se houve um gajo que decidiu fazer um blog...dedicado à maya. Mais que o mundo estar perdido é ver que há gente que não quer fazer a revolução.

Link - desejo maya

domingo, 2 de agosto de 2009

A silly season e a salvação da nação.



Diz-se que o Verão é uma época toda parva. eu cá curto à brava: babes desnudas na praia, sol bacanote, dá para ir para a água sem fato. Tem partes chatas porque existem demasiados banhistas na praia, os cinemas tão na merda, musicalmente pouco se edita.

No entanto foi também no Verão que Portugal deu um passo em frente em relação a todos os países do mundo. Podemos agora encher o peito de orgulho e dizer que o nosso país está na vanguarda, foi pioneiro em qualquer coisa. Inovou perante o marasmo de todos os outros e pode verdadeiramente ficar no mapa internacional. Uma espécie de novo 25 de Abril ocorreu e agora o futuro será risonho para todos. O sol brilhará para todos nós, como reza o belo do som do "avante,camarada, avante"

Falo como é evidente da capa da fhm deste mês.


Portugal é o primeiro país no mundo a conseguir fazer duas coisas: meter uma cota feia e, pior que isso, convencida que é a soraia chaves mas em boa numa revista para homens, e fazer com que o país inteiro rume para o mesmo lado, achando obviamente horripilante a ideia. De génio. Sócrates tem muito a aprender com isto. Quando quiser que um assunto seja unânime na assembleia, basta ameaçar que mostra a capa da maya e toda a gente é capaz de votar a favor. Nem que seja a alteração do nome "Portugal" para "somos uns bardamerdas allez". A maya será a fonte de todas as chantagens possíveis e imaginárias.

Estou já a ver a salvação que é ter a maya na capa. As famílias educarão melhor os seus filhos: "Mãe não quero comer a sopa!"- "Ai não queres? Então espera aí que vou ali buscar a revista da maya na fhm" e é trigo limpo. O futebol terá novas leis: os árbitros em vez de mostrarem o cartão vermelho, mostram o cartão maya: uma das cartas de tarot que surge com ela na revista serve. Nem se protesta. Mal se vê a cara da cota é um vê se te avias para o balneário. Até na educação: ameaçar mostrar as fotos da maya a um(a) qualquer professor(a) deve dar logo direito a vinte. A ver se experimento isso no meu mestrado...dava-me jeito.

Existem mais aplicações mas ficava aqui o dia todo. E estar o dia todo a cascar na maior chulice que uma revista já fez para ganhar uns trocos também não é giro.

Mas é giro perceber que a fhm se vendeu e pior que isso: minimiza e denigre imensamente a imagem das mulheres não tão bonitas deste país(embora sejam todas giraças para mim - menos a maya). A fhm deste mês vai vender que nem pãezinhos quentes disso não duvido. Mas não por uma questão de beleza. Antes por curiosidade mórbida.As pessoas comprarão a revista como quem vê um acidente na estrada: é trágico mas suscita curiosidade. Obviamente que a comparação é quase chocante, mas a capa com a maya também o é. e foi a fhm que fez esta moralmente condenável jogada de marketing não eu.

Podem comprar a revista, mas só para porem em prática alguma das aplicações que sugeri. Aí tem lógica e estão desculpados. E calculo que entre algum dos leitores esteja o futuro primeiro ministro deste país. a maya abrirá portas...


E claro. Pus a débora montenegro aqui porque não ia pôr a maya como é evidente.E assim até dou um motivo de interesse para virem ao maria etelvina. Até porque se eu fosse capa de uma revista para babes acho que nem pela curiosidade mórbida a compravam.

sábado, 1 de agosto de 2009

Justin Broadrick ou o tipo que só bule




Justin broadrick é um tipo maluco da cabeça. E ainda bem. Depois dos godflesh que fundia cenas rock com mambos industriais e electrónicos, criando atmosferas psicadélicas fodidas e que eu nunca curti grande coisa(a ver se dou outra oportunidade) o gajo fez-se a solo criando jesu. Que é genial. Com dois discos editados e um porradão de eps - tou-me a lembrar do silver(para mim o melhor ítem musical de jesu), do lifeline, do why are we not perfect, dos splits com battle of mice e envy, o homem nunca está quieto. e agora vai de editar "infinity" um épico de 50 minutos em que basicamente enfia a sua sonoridade toda lá para dentro.

Jesu sempre foi shoegaze misturado com uma sonoridade meio ambiental e guitarras a puxar pó sludge.E é isto que se vai ouvindo durante o tempo que dura o disco. Uma espécie de súmula que vai pelo perído uma beca mais dark como foi o início, para chegar à luminosidade do segundo disco "conqueror" por exemplo. No fundo há por aqui uma data de derivações sonoras que resultam meio em canções com um fio condutor.

Eu estou a curtir à bruta.

Já agora o gajo tem outro projecto de nome final: muito mais electrónico mais a puxar para as raízes de godflesh. Este projecto também tem novo disco: "Infinite Guitar 3 / Guitar & Bass Improvisations 3'" E é isto.


O blog do homem que é bem bom de se acompanhar:http://justinkbroadrick.blogspot.com/

links manhosos

O postas foi ao ar e consegui recuperar os links quase todos para pôr aqui. Alto sarilho.

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/07/primeiro.html


http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/skins.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/jogos-olmpicos-ou-como-mandar-abaixo.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/e-o-nlson-heri-caraas.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/discos-que-andam-sair-da-fornada.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/pois.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/bela-da-tv-e-sua-parvoce.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/08/tony-o-grandee-landum-copiar.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2008/09/praxes-ou-forma-de-termos-o-ministro-e.htm

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/02/slumdog-millionaire-ou-como-um-gajo.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/02/carnaval-melhor-epoca-do-ano.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/04/idade-e-um-posto.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/ha-bandas-de-merda.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/geracao-do-meio.html

http://postasdepoia.blogspot.com/2009/07/coisas-que-funcionam.html

a póia fechou

Foda-se. O postas de poia ficou com um virus qualquer e tive que mudar de posto. Ninguém lá mete a pata mas que se lixe, ponho-a lá eu. E agora vou ter de me mudar para este spot à pala da parvoíce do blogger. e fica a apresentação.