domingo, 19 de dezembro de 2010

weezer - hurley (2010)



E deu na mona dos weezer mandar um disco cá para fora este ano. este já é o terceiro disco no terceiro ano para a banda, e se muitos acham que os weezer há muito que não são musicalmente relevantes, outros ainda se divertem a ouvir os cânticos de cuomo e companhia.

e eu sou um deles. è verdade que a genialidade da banda ficou nos dois primeiros discos, mas depois do primeiro homónimo e de pinkerton existe muito tema bom e altamente cantarolável. è verdade que a criatividade ficou para debaixo do tapete, mas sinceramente estou-me cagando. E "hurley" é mais um exemplo de meia dúzia de temas cantaroláveis, agradavelmente contagiantes e que soam sempre despretensiosos, o que é mais que bom.

Com uma capa a modos que peculiar (e que acabou por ficar para nome do álbum), os weezer continuam na onda do "estamo-nos a cagar, queremos é mandar merdas cá para fora sem trabalhar muito na cena" e isso nota-se positivamente. sim, disse positivamente. Vamos lá a ser honestos: se "raditude", "hurley", sobretudo estes dois, surgissem depois de um hiato da banda, obviamente que a coisa seria analisada de outra perspectiva. Não seria concerteza intenção dos weezer mandar uma cena, não incompleta ou inacabada, mas pouco consequente. Mas assim nós sabemos que cuomo está virado é para fazer música. e eu estou com ele.

Quanto a temas a cena não difere muito dos discos anteriores: "memories" é um excelente single, catchy à bruta e com uma letra que eu curto, "where's my sex" é o tema alien do disco (mais pela letra e pelo arrastar cheesy) que também soa mel nos ouvidos, "time flies" a balada que fecha o álbum. Posto isto e despachando a coisa, "hurley" não é o melhor disco dos weezer nem de perto nem de longe, mas tem um conjunto de malhas simpáticas, com letras simples mas certeiras e entretém à bruta.

È certo que a carreira dos weezer virou dum taxi driver para um the hangover. No entanto ambos os filmes têm os seus pontos fortes e são bons à sua maneira. Obviamente que the hangover nunca poderá ser scorsese, mas não é isso que quer. e os weezer também não querem sê-lo. Por mim tudo bem. a ver se nos dão mais umas cançõzinhas fresquinhas para o belo do sing along, em 2011. Por enquanto está tudo mais que aprovado.

dou sete kates recheadas de sensualidade em lost, em dez.


e toma lá vídeo do "memories". sim, tem povo do jackass. buéda sweet e quê.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Running wilde - ou como ter povo bué de bacano a fazer cenas por vezes não quer dizer grande espingarda



Toda a gente sabe, ou pelo menos devia saber, que arrested development é cena absolutamente genial. a família bluth, repleta de disfuncionalidade, conseguia obter uma química exemplar em todos os seus personagens, arranjar histórias cativantes para cada um deles, e pejar de referências a filmes séries e etc todos os episódios. diria inclusivamente que community talvez seja a série que hoje em dia mais próxima está desse brilhantismo que hurwitz, o criador, conseguiu obter.

Running wilde foi a nova aposta de hurwitz. tem também will arnet e david cross, e junta a isso keri russel que foi estrela em felicity. A história é simples: arnett é steve wilde um tipo milionário e emmy o seu antigo interesse amoroso. Emmy é uma activista ecológica e wilde um tipo ricaço que nunca trabalhara na vida. Ela volta à vida de wilde muito a pedido da sua filha e acaba a viver numa casa da árvore na propriedade de steve. David cross é o eterno namorado da bacana. e é isto.

Temos portanto uma espécie de opposites attarct e toda a série tem como necessidade mostrar a dicotomia entre os dois e a forma em como eles se conseguem contrapôr. E de facto ela tenta fazer isso em quase todos os seus momentos. è normal vermos Wilde no meio do seu ócio, com uma data de luxos desnecessários, e emmy a contrariar essa vivência a tentar mudá-lo e a educar a sua fiilha ao mesmo tempo.

A questão é: isto tem graça? Esse é o problema. Running wilde tenta funcionar através desta oposição de caracteres (juntando também o vizinho, amigo e rival faad e alguns empregados de steve), sendo que por vezes consegue na maior parte das vezes falta-lhe simplesmente chegar ao clímax da piada. Nota-se construção de personagens, nota-se vontade em contar histórias que façam rir o espectador, mas falta o mais importante: que ele de facto se ria. è normal que achemos graça ao estilo irresponsável e meio facilista de steve, mas a questão é que não passa muito disso.

Tendo estes factores em conta a fox já cancelou a série. Ficará com os 13 episódios que foram gravados e é uma sorte. E se por um lado a série não conseguiu granjear momentos de humor puro, por outro parece-me que teria por ali matéria-prima suficiente para conseguir carburar. Acredito sinceramente que running wilde ainda tinha muito por onde pegar e podia chegar pelo menos perto de arrested development. Parece um contrasenso dizer isto depois dos bitaites que debitei mas episódios como o excelente "the junior affairs" faziam-me acreditar nisso.

Steve wilde é uma personagem interessante o suficiente para nos importarmos com ele, e emmy com mais algum desenvolvimento chegava lá. Acho é que andy, o namorado de emmy, devia ter tido mais tempo de antena porque criar um ambientalista extremista mas que depois se contradizia em algumas acções, é cena demasiado boa para só surgir em 4 ou 5 episódios.

Sinceramente acredito que running wilde ainda vai ser lembrada daqui a uns anos como "série que afinal até tinha graça, mas ninguém micou isso no tempo certo". è pena que assim seja porque hurwitz continua a ser um génio, arnet e russel tinham boa química e a série granjeia momentos porreiros de quando em vez. só espero que esta parelha toda volte o mais depressa possível. e consiga desta vez criar um conceito que seja melhor defendido.